Em comemora\u00e7\u00e3o ao dia das mulheres guineenses o Coletivo das Mulheres Africanas \u2013 CMA realizou uma palestra sob o tema: Qual tem sido a contribui\u00e7\u00e3o das mulheres na atual crise pol\u00edtica guineense?<\/em> O tema foi proposto tendo em vista a instabilidade que assola o pa\u00eds devido \u00e0 crise pol\u00edtica, por isso a necessidade de se discorrer sobre, nos possibilitando reflex\u00f5es e futuras possibilidades de mudan\u00e7a para um pa\u00eds mais justo. As mulheres guineenses desde sempre tem vindo a desempenhar um importante papel na sociedade, contribuindo de diversas formas, desde as bideiras, professoras, m\u00e9dicas, peixeiras, agricultoras, advogadas, etc. todas contribuindo com a economia do pa\u00eds e o sustento da fam\u00edlia. E a crise pol\u00edtica n\u00e3o deve ser uma quest\u00e3o inerente a elas, pelo contr\u00e1rio \u00e9 uma luta que deve ser feito em conjunto.<\/p>\n

O 30 de Janeiro \u00e9 em homenagem a uma das combatentes para a liberta\u00e7\u00e3o da contra o jugo colonial Ernestina Sil\u00e1, conhecida como Titina Sil\u00e1 que foi atingida e morta pelas balas do colonialismo portugu\u00eas nas \u00e1gua do rio de Farim regi\u00e3o de Oio que fica no Norte da Guin\u00e9-Bissau quando estava \u00e1 caminho de Guin\u00e9-Conacri a fim de participar na cerimonia f\u00fanebre do nosso l\u00edder Am\u00edlcar Cabral. Portanto, foi atrav\u00e9s desta triste e lament\u00e1vel not\u00edcia que foi institu\u00eddo no pa\u00eds o 30 de janeiro como o dia das mulheres guineenses. Numa sociedade machista, desde sempre as mulheres lutaram e ainda hoje continuam lutando contra toda e qualquer forma de opress\u00e3o, discrimina\u00e7\u00e3o, machismo, enfim toda e qualquer forma de desigualdade que tenta lhes inferiorizar enquanto mulher. J\u00e1 dizia Am\u00edlcar Cabral, pai da independ\u00eancia de Guin\u00e9 Bissau e Cabo Verde que \u201ca cultura machista do homem guineense continua a ser o grande desafio para a emancipa\u00e7\u00e3o plena das mulheres\u201d, e \u00e9 para essa emancipa\u00e7\u00e3o que as mulheres guineenses v\u00eam lutando mostrando a cada conquista que s\u00e3o t\u00e3o competentes quanto os homens, que podem muito bem educar os filhos e gerir um pa\u00eds, que o lugar que elas ocupam na sociedade guineense n\u00e3o deve ser atribu\u00edda por causa do g\u00eanero, pois elas podem e devem ocupar qualquer cargo seja ele p\u00fablico ou privado.<\/p>\n

Que esta data sirva de reflex\u00e3o para todas as mulheres em especial as guineenses, para repensar nos variados problemas que ainda persistem e que impedem a total emancipa\u00e7\u00e3o da mulher guineense.<\/p>\n

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