30 de Janeiro: Dia da Mulher Guineense

Em comemoração ao dia das mulheres guineenses o Coletivo das Mulheres Africanas – CMA realizou uma palestra sob o tema: Qual tem sido a contribuição das mulheres na atual crise política guineense? O tema foi proposto tendo em vista a instabilidade que assola o país devido à crise política, por isso a necessidade de se discorrer sobre, nos possibilitando reflexões e futuras possibilidades de mudança para um país mais justo. As mulheres guineenses desde sempre tem vindo a desempenhar um importante papel na sociedade, contribuindo de diversas formas, desde as bideiras, professoras, médicas, peixeiras, agricultoras, advogadas, etc. todas contribuindo com a economia do país e o sustento da família. E a crise política não deve ser uma questão inerente a elas, pelo contrário é uma luta que deve ser feito em conjunto.

O 30 de Janeiro é em homenagem a uma das combatentes para a libertação da contra o jugo colonial Ernestina Silá, conhecida como Titina Silá que foi atingida e morta pelas balas do colonialismo português nas água do rio de Farim região de Oio que fica no Norte da Guiné-Bissau quando estava á caminho de Guiné-Conacri a fim de participar na cerimonia fúnebre do nosso líder Amílcar Cabral. Portanto, foi através desta triste e lamentável notícia que foi instituído no país o 30 de janeiro como o dia das mulheres guineenses. Numa sociedade machista, desde sempre as mulheres lutaram e ainda hoje continuam lutando contra toda e qualquer forma de opressão, discriminação, machismo, enfim toda e qualquer forma de desigualdade que tenta lhes inferiorizar enquanto mulher. Já dizia Amílcar Cabral, pai da independência de Guiné Bissau e Cabo Verde que “a cultura machista do homem guineense continua a ser o grande desafio para a emancipação plena das mulheres”, e é para essa emancipação que as mulheres guineenses vêm lutando mostrando a cada conquista que são tão competentes quanto os homens, que podem muito bem educar os filhos e gerir um país, que o lugar que elas ocupam na sociedade guineense não deve ser atribuída por causa do gênero, pois elas podem e devem ocupar qualquer cargo seja ele público ou privado.

Que esta data sirva de reflexão para todas as mulheres em especial as guineenses, para repensar nos variados problemas que ainda persistem e que impedem a total emancipação da mulher guineense.

 

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“Escolher escrever é rejeitar o silêncio”. Chimamanda Ngozi Adichie

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