Warning: Constant automattic\jetpack\extensions\social_previews\FEATURE_NAME already defined in /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-content/plugins/jetpack/extensions/blocks/social-previews/social-previews.php on line 14

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-content/plugins/jetpack/extensions/blocks/social-previews/social-previews.php:14) in /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-content/plugins/wp-plugin-hostgator/vendor/newfold-labs/wp-module-ecommerce/includes/ECommerce.php on line 197

Notice: A função wp_enqueue_script foi chamada incorretamente. Scripts e estilos não devem ser registrados ou enfileirados até os ganchos wp_enqueue_scripts, admin_enqueue_scripts ou login_enqueue_scripts. Este aviso foi ativado pelo manipulador nfd_wpnavbar_setting. Leia como Depurar o WordPress para mais informações. (Esta mensagem foi adicionada na versão 3.3.0.) in /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-includes/functions.php on line 6078

Warning: Cannot modify header information - headers already sent by (output started at /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-content/plugins/jetpack/extensions/blocks/social-previews/social-previews.php:14) in /home2/filos051/public_html/cma/index/wp-includes/feed-rss2.php on line 8
Coletivo de Mulheres Africanas – CMA http://cma.filosofiapop.com.br/index Thu, 07 May 2020 19:40:52 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.2 https://i0.wp.com/cma.filosofiapop.com.br/index/wp-content/uploads/2017/07/13567274_1572503636379904_3830831653250891817_n-e1500942915821.jpg?fit=32%2C32 Coletivo de Mulheres Africanas – CMA http://cma.filosofiapop.com.br/index 32 32 133276741 Sobre o dia internacional das mulheres- 08 de março. http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2020/05/07/sobre-o-dia-internacional-das-mulheres-08-de-marco/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2020/05/07/sobre-o-dia-internacional-das-mulheres-08-de-marco/#respond Thu, 07 May 2020 19:19:29 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=405 [...]]]>

Essa data não abrange todos os países do mundo, por essa razão acredito eu que não poderia ser considerada “internacional”. Essa não é apenas um dos motivos da discórdia no que diz respeito a data. Uma outra questão é a causa pelo qual se comemora. Vejamos:

Há quem diz que, entre o final do século XIX e o início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, a líder socialista alemã Clara Zetkin foi quem teve a ideia de criar o Dia da Mulher em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga. Tendo como objetivo no contexto das lutas feministas, melhorar as condições de vida e trabalho e pelo direito de voto.  Em alguns documentos conta-se que o dia 8 de março é a data que marca a ocorrência de grandes incêndios em fábricas e matou 146 trabalhadores. O mais conhecido desses incidentes é o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que realmente ocorreu, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde. 125 mulheres e 21 homens. A fábrica empregava 600 pessoas, em sua maioria mulheres imigrantes, judias e italianas, com idade entre 13 e 23 anos.

Copenhague, 1910. VIII Congresso da Internacional Socialista: na frente, Alexandra Kollontai e Clara Zetkin.

A acadêmica Eva Blay ressalta que “o processo de instituição de um Dia Internacional da Mulher já vinha sendo elaborado pelas socialistas americanas e européias desde algum tempo antes e foi ratificado com a proposta de Clara Zetkin.

Por outro lado, a historiadora espanhola Ana Isabel Álvarez González confirma que o incêndio da Triangle realmente ocorreu em 1911, no dia 25 de março – e não no dia 8, lembrando que 8 de março de 1911 foi um domingo, data improvável para a deflagração de uma greve. Em 1955, Liliane Kandel e Françoise Picq escreveram, que não há indícios de que tenha ocorrido e, pois, essas versões parecem ter sido criadas pela Union des Femmes Françaises, que tinham como finalidade converter a comemoração do Dia da Mulher em uma espécie de Dia das Mães, algo o que não enquadra de qualquer sentido de luta feminina, tal qual se tornara na URSS e nos países do bloco soviético. (BLAY, 2001).

Existem ainda várias versões, mas a mais contada é a do incêndio. Na Guiné Bissau o dia internacional das mulheres- 8 de março é comemorado com jogos organizados pelas mulheres de diferentes idades com o costume de dar aos homens a responsabilidade de cuidarem da casa, preparam o almoço, entre outros afazeres ditos “trabalhos das mulheres”.

Gostaria de lembrar que na Guiné-Bissau a maioria da população são mulheres. Porém são elas que ocupam lugares de baixo nível e fazem trabalhos com poucos benefícios. Sm contar com a grande responsabilidade que elas carregam de educar os filhos e cuidar da casa.

Por incrível que pareça, os homens acreditam que as mulheres só têm direito de abdicarem dos seus “trabalhos” apenas no dia 8 de março e que apenas nesse dia que eles (homens) podem limpar a casa, fazer o almoço, dar banho nos filhos/as, fazer compras etc.

Entre várias versões vistas e escritas sobre o motivo pelo qual essa data surgiu, em nenhum deles se justifica que as mulheres reivindicavam um dia de folga em 365 ou 366 dias do ano. O que quer dizer que o dia da mulher é todo dia. Que as mulheres não nascem para cuidarem do lar, do marido, da comida etc… elas podem descaçar em qualquer dia e se cansar com as papeladas no gabinete, com a montes de provas para corrigir, tentando sancionar um caso do seu cliente. Ou seja, ela pode cansar como professora, advogada, juíza, secretaria, entre outras funções ocupadas pelos homens e negadas às mulheres.

8 de março não é uma data comemorativa. Mas sim uma data que nos lembra que precisamos lutar para ter nossos espaços, ocupar lugares de privilégios, ser respeitada, ser livres, ter nossos direitos dentro e fora das nossas casas.

Na Guiné-Bissau a participação que as mulheres têm na sociedade é de muita relevância. O número de filhos e filhas criadas apenas pelas mães é bastante considerável. O que significa que elas são a base da educação dos filhos/as.

No que diz respeito a política, sabe-se que as mulheres desde o período colonial tiveram uma contribuição importante na luta armada e na alfabetização. Atualmente nota-se mais engajamento das mulheres na política. Vale ressaltar que essa participação tem dado resultados bastante positivos.

Graças a luta e o empenho das mulheres, a sociedade guineense tem alimentado, pois são elas que trabalham nas produções dos alimentos. A agricultura e o comércio têm funcionado graças a essas guerreiras, mães, educadoras.

Para finalizar, gostaria de lembrar mais uma vez que o dia 8 de março não é o dia para as mulheres descansarem. Mas sim é mais um dia para relembrar o porquê lutamos e pra o que lutamos. É mais um dia para dizer eu mereço estar onde os homens estão, mereço ser respeitada, mereço ser livre, mereço ser valorizada, tenho direito à escola, à voto, à um salário e emprego digno.

Por: CATIA MANUEL

REFERENCIAS:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher visto em 09/03/20.

Blay, Eva Alterman (2001). «8 de março: conquistas e controvérsias». Florianópolis. Revista Estudos Feministas. 9 (2). ISSN 1806-9584. doi:10.1590/S0104-026X2001000200016. Consultado em 7 de março de 2018.

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2020/05/07/sobre-o-dia-internacional-das-mulheres-08-de-marco/feed/ 0 405
MULHER AFRICANA http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2019/07/22/mulher-africana/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2019/07/22/mulher-africana/#respond Mon, 22 Jul 2019 23:29:24 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=376 [...]]]> Tu és geradora da civilização africana

Tu és aquela que lutou lado, lado dos homens,

para libertar o continente africano

Tu és as duas faces da mesma moeda: a privada e a publica

Tu és batalhadora, guerreira e líder espiritual

Tu vives por si e por outras mulheres

Sempre estivesse no espaço publico

A liberdade nas suas veias te torna independente,

Que mesmo com correntes patriarcais,

Tu consegues caminhar

 Tu és o pilar da resistência de movimento pan-africana

 Resistencia é sua identidade Mulher,

A mulher africana é aquela que luta contra opressão e contra neocolonialismo.

Entre ser feminista ou Mulherista é apenas uma nomenclatura,

Para uma mulher que vem lutando e revolucionado a sociedade africana.

Para você o que realmente importa é viver numa sociedade justa.

Submissão não faz parte da sua linhagem matriarcal

A luta continua,

A luz no fundo do túnel do renascimento do matriarcado

Que volte o matriarcado, que volte o matriarcado,

Mulher africana, líder matriarcal,

 Que vive a vida liderando.

Naentrem Sanca

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2019/07/22/mulher-africana/feed/ 0 376
31 de Julho: DIA DA MULHER AFRICANA http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/31-de-julho-dia-da-mulher-africana/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/31-de-julho-dia-da-mulher-africana/#respond Thu, 02 Aug 2018 02:10:03 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=307 [...]]]> As comemorações alusivas ao dia da Mulher Africana realizam-se todos os anos no dia 31 de Julho. Data instituída em 1962 durante a conferência das Mulheres Africanas, em Dar-Es-Salaam (Tanzânia), na mesma conferência foi criada a organização Pan-africanistas das Mulheres. Há 56 anos o continente africano celebra o Dia da Mulher Africana e, é neste âmbito que o Coletivo de Mulheres Africanas (CMA), organizou a III Jornada de Mulheres Africanas sob o lema: “Desafios e Perspectivas das Mulheres Africanas na Diáspora”.

Durante os dias 30 e 31 de Julho, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), campus dos Malês na Bahia, ocorreu uma série de atividades para celebrar e reforçar a importância dessa data para o continente, principalmente para as mulheres africanas tanto as que vivem no continente e as que residem na diáspora.

Pautou-se mais uma vez sobre a necessidade de desconstruir os estereótipos existentes sobre a mulher africana. E, reforçou-se a importância e a urgência da mesma, em assumir seu lugar de protagonista no seio da sociedade e não se deixar calar diante das tentativas de silenciamento que a sociedade impõe.

VIVA MULHER AFRICANA!

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/31-de-julho-dia-da-mulher-africana/feed/ 0 307
Forsa di mudjer – Força da Mulher http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/forsa-di-mudjer-forca-da-mulher/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/forsa-di-mudjer-forca-da-mulher/#respond Thu, 02 Aug 2018 01:42:31 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=302 [...]]]> Forsa di mudjer

Mudjer guerrera, mudjer mai e txeu bez pai, tem ki dexa fidjus pa trabadja fora na busca pon di kada dia.

Mudjer di labuta, sempri ta korri traz di un vida midjor pa ses fidjus.

Mudjer forti ki pa mas ki mundu flal nau sempri é ta insisti, persisti te ke konsigui kel ke kre.

Mudjer exemplu di koragi e inspirason pa tudu kenha ki ta rodeal.

Nu odja pa nos mudjeres ku mas amor e atenson nu odjas na fundu di ses alma e nu flas tudu dia o kuantu ki es é especial e única…

(poema na Língua CRIOULO cabo-verdiano)

 

Força da Mulher

Mulher guerreira, mulher mãe e muitas vezes pai, tem que deixar seus filhos para trabalhar a procura de um pão de cada dia.

Mulher de luta, sempre correndo atrás de uma vida melhor para seus filhos.

Mulher forte que por mais que o mundo lhe diga não, sempre insisti e persisti até conseguir aquilo que deseja.

Mulher exemplo de coragem e inspiração para todos aqueles que a rodeiam.

Olhemos para as mulheres com mais amor e atenção, olhemos no fundo das suas almas e digamos a elas todos os dias o quanto são especiais e únicas.

D.L.T.C.

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/08/02/forsa-di-mudjer-forca-da-mulher/feed/ 0 302
27 de Março: Dia da Mulher cabo-verdiana http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/03/28/27-de-maro-dia-da-mulher-cabo-verdiana/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/03/28/27-de-maro-dia-da-mulher-cabo-verdiana/#comments Wed, 28 Mar 2018 14:55:50 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=267 [...]]]> No dia 27 de Março comemora-se o dia da mulher cabo-verdiana, pois foi nessa data que se deu a criação da primeira Organização das Mulheres de Cabo Verde – OMCV fundada em 1981, cuja finalidade era dar voz as mulheres cabo-verdianas, auxiliando nas mudanças sociais necessárias e, no empoderamento das mulheres.

Em comemoração data as mulheres cabo-verdianas, docente e discentes presentes na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB em parceria com o Coletivo das Mulheres Africanas-CMA, realizaram a palestra sob o lema: O Protagonismo Social da Mulher cabo-verdiana. Escolheu-se esse lema pois, é importante que nós mulheres tenhamos a consciência de que devemos e podemos desempenhar nosso papel enquanto protagonista social e traçar nossa trajetória de forma a alcançar esse protagonismo, uma vez que durante séculos esse protagonismo era e, ainda hoje continua sendo atribuído na sua maioria aos homens, por isso nós enquanto mulheres negras e africanas temos que reivindicar nosso lugar enquanto protagonista nas mais variadas reas da sociedade.

Que o lema proposto sirva de reflexão para todas nós enquanto mulheres, independente da nacionalidade para, que possamos refletir em nossos papeis enquanto protagonistas e potenciais agentes de transformação da sociedade a qual pertencemos.

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/03/28/27-de-maro-dia-da-mulher-cabo-verdiana/feed/ 1 267
30 de Janeiro: Dia da Mulher Guineense http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/02/02/30-de-janeiro-dia-da-mulher-guineense/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/02/02/30-de-janeiro-dia-da-mulher-guineense/#respond Fri, 02 Feb 2018 20:54:02 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=248 [...]]]> Em comemoração ao dia das mulheres guineenses o Coletivo das Mulheres Africanas – CMA realizou uma palestra sob o tema: Qual tem sido a contribuição das mulheres na atual crise política guineense? O tema foi proposto tendo em vista a instabilidade que assola o país devido à crise política, por isso a necessidade de se discorrer sobre, nos possibilitando reflexões e futuras possibilidades de mudança para um país mais justo. As mulheres guineenses desde sempre tem vindo a desempenhar um importante papel na sociedade, contribuindo de diversas formas, desde as bideiras, professoras, médicas, peixeiras, agricultoras, advogadas, etc. todas contribuindo com a economia do país e o sustento da família. E a crise política não deve ser uma questão inerente a elas, pelo contrário é uma luta que deve ser feito em conjunto.

O 30 de Janeiro é em homenagem a uma das combatentes para a libertação da contra o jugo colonial Ernestina Silá, conhecida como Titina Silá que foi atingida e morta pelas balas do colonialismo português nas água do rio de Farim região de Oio que fica no Norte da Guiné-Bissau quando estava á caminho de Guiné-Conacri a fim de participar na cerimonia fúnebre do nosso líder Amílcar Cabral. Portanto, foi através desta triste e lamentável notícia que foi instituído no país o 30 de janeiro como o dia das mulheres guineenses. Numa sociedade machista, desde sempre as mulheres lutaram e ainda hoje continuam lutando contra toda e qualquer forma de opressão, discriminação, machismo, enfim toda e qualquer forma de desigualdade que tenta lhes inferiorizar enquanto mulher. Já dizia Amílcar Cabral, pai da independência de Guiné Bissau e Cabo Verde que “a cultura machista do homem guineense continua a ser o grande desafio para a emancipação plena das mulheres”, e é para essa emancipação que as mulheres guineenses vêm lutando mostrando a cada conquista que são tão competentes quanto os homens, que podem muito bem educar os filhos e gerir um país, que o lugar que elas ocupam na sociedade guineense não deve ser atribuída por causa do gênero, pois elas podem e devem ocupar qualquer cargo seja ele público ou privado.

Que esta data sirva de reflexão para todas as mulheres em especial as guineenses, para repensar nos variados problemas que ainda persistem e que impedem a total emancipação da mulher guineense.

 

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2018/02/02/30-de-janeiro-dia-da-mulher-guineense/feed/ 0 248
Sofrida em silêncio http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/12/08/sofrida-em-silencio/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/12/08/sofrida-em-silencio/#comments Fri, 08 Dec 2017 04:04:51 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=227 [...]]]>

Uma vez ouvi dizer que são nossas escolhas que nos define, mas eu digo que nem sempre as nossas escolhas nos leva a liberdade ou a felicidade que todos nós procuramos. Essa história não é só minha, mas é de todas as mulheres que sofrem em silêncio.

Eu era a menina mais feliz do meu bairro, amada e respeitada desde as crianças até os mais velhos, ninguém me segurava. Eu gostava de dançar e de contar piadas, também gostava de cantar. Sou filha única dos meus pais, vim de família humilde e eu era livre que nem pássaro, podia pousar onde eu quisesse,até que um dia minha vida se tornou um verdadeiro inferno.

Na minha festa de 20 anos, conheci um rapaz, pelo qual me apaixonei, mais tarde agente se casou, foi aí que o terror começou! Eu nunca pensei que um dia minha vida daria essa reviravolta (sim sibi ba nkana casa). Tudo começou com gritos, até chegar nas pancadas, ele me batia só nas costas e na barriga, onde ninguém pudesse ver.

Na primeira vez que ele me bateu, horas depois me pediu desculpas, dizendo que não ia acontecer novamente, eu ingênua, acreditei em suas palavras.Menos de dois meses depois, me bateu novamente faze mesmo ritual de pedir desculpas “como eu não sabia que aquelas desculpas eram para me calar” e passou a ser constante.

Muitas das vezes eu chorava de boca fechada para que os meus vizinhos (nta burgunho) não escutassem meu choro. Ele me gritava: “Cala boca, se não vais apanhar mais!”. Eu não contava nada para ninguém, mesmo que me perguntassem.

_ olá Nadité, estás pálida que estás passando contigo?

_ nada, mana Andreia, estou só um pouco cansada.

Já não cantava e nem dançava mais, muito menos contava piada. Minha vida se tornou sem sal, a única coisa que me mantinha viva era falta de coragem de me matar e não é que não tentei, acredite, tentei várias vezes!

Havia dias em que eu acordava com vontade de ir embora e nunca mais voltar, mas não sei explicar o que me impedia de pegar o táxi, já não me reconhecia no espelho, olhava e não me reconhecia. Muitas das vezes, ele me batia até perder o fôlego e me deixava ali no chão. Eu, como um bicho, tremia sem poder pedir socorro.

Como eu poderia pensar que meu marido bateria em mim? (lágrimas)-Até chegar ao ponto de minha vida estar em risco. Não podia explicar algo para ele, que ele logo dizia que eu estava desafiando ele e já era motivo para ele me bater.

Quantas vezes ele dormia fora de casa. O contrário, não podia acontecer, pois se eu ficasse fora de casa sozinha, sem ele, era motivo para ele me bater. não podia andar com minhas amigas solteiras, porque ele as consideravam vagabundas. Assim, eu só podia andar com as amigas dele, que eram casadas.

Muitas das vezes ele falava mal de mim para seus amigos, mas eu não reclamava por medo de apanhar. Às vezes quando íamos para festas, apenas ele podia dançar com outras mulheres e eu não podia dançar com ninguém além dele, se eu o desafiasse, já sabia o que iria acontecer quando chegássemos em casa.

Quando estava em público fingia que era o melhor marido do mundo, fazia declarações de amor e me apertava sem que ninguém percebesse para que eu sorrisse, afim de fazer com que todo mundo pensasse que éramos o casal mais feliz ( nem tudo que brilha é ouro). Às vezes me pergunto que tipo de amor é esse? Lembro que uma vez contei para meu pai e ele não acreditou em mim.

__ meu pai, já não quero meu marido!

__ que absurdo estás a falar!

___ pai estou cansada de apanhar, não quero mais!

__ para de mentir, que o seu marido é um bom rapaz!

__ pai o senhor não o conhece da mesma forma que eu o conheço.Ele tem duas personalidades: uma em que ele posa de bom marido e a outra, que é a verdadeira

personalidade dele, um monstro.

— minha filha me escuta! Não sei quem está metendo essa coisa na sua cabeça, pois nós temos sorte de você ter se casado, isso mostra que és uma mulher de respeito.

Depois das palavras absurdas que meu pai me disse ( na época achava que meu pai tinha razão, porque acreditava que o respeito da mulher era o casamento.Voltei para casa e desisti de divorciar, porque que era o melhor a fazer na época.

Com tudo isso tinha uma vizinha que acompanhava a minha vida, mas nunca me perguntou de nada e nem me ofereceu apoio, até que um dia me chamou e me disse

__ Nadilé, porque permites que seu marido te maltrate desse jeito? Você não é propriedade dele, para deixar que ele faça o que bem quer contigo.

Essas palavras ficaram na minha mente (não importa se a sua palavra vai mudar a vida de uma pessoa ou não, mas vale a pena jogar a semente, e aquela mulher deixou uma semente na minha mente). Eu não parava de pensar naquelas palavras, até que um dia tomei a coragem e prometi para mim mesma que nunca mais iria levar uma surra do meu “marido”. Resolvi procurar por essa Mulher que se chamava Tchiquita.

_ boa, Tchiquita, tudo bem?

_ estou bem obrigada e você?

__ estou bem, não sei se a senhora tem um tempinho para agente conversar, é que estou precisando muito conversar contigo!

__ sim,minha querida pode falar, o que está te incomodando?

___ desde a nossa última conversa, não paro de pensar no que a senhora me falou!

__ Ah_sim,querida! como te falei,és dona da sua vida e nunca deixe nenhum homem te tornar propriedade dele. Caso precise de ajuda, estou aqui, mas aproveito para te convidar para nossas reuniões que acontecem todas as sextas-feiras, na Escola titina sila.

_ tudo bem vou comparecer sim, muito obrigada Tchiquita!

_de nada Nadile, pode contar sempre comigo!

Foi assim que comecei a frequentar as reuniões. Nas primeiras semanas, não falava nada, ouvia aquelas mulheres debatendo e procurando as melhores formas de se empoderar e como empoderar outras mulheres vítimas de violências física e moral nos espaços domésticos. Também debatiam sobre o machismo e sexismo que imperam nos espaços públicos, sobre classe e raça. Entretanto, eram tantas coisas! Cada semana era um tema diferente, mas cada dia que saía das reuniões, eu me sentia esperançosa e com vontade de lutar por mim mesma. Sabia que era a única pessoa que podia me salvar. Foi assim que decidi enfrentar o meu pai e a sociedade.

Depois de me divorciar, me tornei membro de grupo das mulheres feministas africanas, na qual venho trabalhando contra violência que atinge as mulheres.

Quero deixar uma mensagem para você que está lendo minha história: Jamais permita que ninguém te aprisione, nunca esconda que alguém está violentando você, não se sinta com vergonha, escolha sempre o caminho da voz, pois é onde sua força está, quebre o silêncio sempre que for necessário.

Naentrem Sanca 

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/12/08/sofrida-em-silencio/feed/ 1 227
TE INCOMODO POR SER FEMINISTA AFRICANA? http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/11/20/te-incomodo-por-ser-feminista-africana/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/11/20/te-incomodo-por-ser-feminista-africana/#comments Mon, 20 Nov 2017 17:54:04 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=214 [...]]]>

Ser feminista é se posicionar diante de um problema emergencial, que afeta a vida das mulheres em África (e em outras partes do mundo). Segundo Chimamanda “A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente”.

Uma das críticas mais comum que venho enfrentado desde que tornei feminista é a seguinte: O feminismo não é africano ou vocês não vão levar coisa para o nosso paísessas críticas não só me insultam, porém insultam também as minhas ancestrais que lutaram lado, lado dos homens para libertar o nosso continente africano. Pois então as mulheres africanas não se auto denominavam como feministas, mas elas lutaram pela igualdade de gênero em todos os âmbitos, nos seus respectivos países e não só. Entretanto, sendo feminista africana tenho plena consciência que a terminologia “feminista” foi cunhada pelas mulheres brancas e de elite no ocidente, porém as razões e as finalidades da luta, em muitos aspecto são semelhantes, portanto, não quero unificar as demandas, por isso mesmo assumo uma africana feminista, para distinguir e pontuar as nossas particularidades.

O maior problema do privilegiado é se admitir, que está neste lugar porque ele cega as pessoas, meus irmãos não conseguem entender que não estou lutando contra eles, mas contra o sistema que oprime e explora, principalmente as mulheres, já ouvi várias vezes nos corredores  A imagem pode conter: 1 pessoa, sorrindo, em pé, céu, atividades ao ar livre e natureza

da universidade “ vais ser só feminista aqui no Brasil”, aí eu pergunto será que ser feminista na Guiné-Bissau é crime? se for assim serei condenada porque não vou me calar sabendo que as minhas Irmãs estão sendo violentada, enquanto as mulheres estão morrendo, e ou sendo estupradas, jamais deixarei de lutar pelas minhas manas e por mim.

Não passa um dia que uma mulher não morre ou que não é estuprada, por isso não posso dormir sabendo que não estou segura, muita das vezes me pergunto será que existe um lugar seguro para as mulheres? olho ao meu redor e vejo as notícias, concluo que não, não existe um lugar seguro.

A minha amiga teve um menino belíssimo. Durante a sua gravidez passou muito mal e ficou internada no hospital, não conseguiu apresentar o seu trabalho de TCC, quando teve a criança ficou 3 meses em casa, enquanto o seu namorado estudava todo mundo achava muito normal ninguém questionava ele, o porquê de estar sempre na universidade e não em casa para cuidar do filho? mas quando a minha amiga começou a frequentar a universidade e deixava a criança com o pai, todo mundo começou a perguntar cadê seu namorado? porque que você fica sempre aqui ele com criança? se fosse em Guiné você não faria isso? Se o filho é dos dois porque cobrar só uma parte? porque não comparar ambas partes? os dois estão estudando e os dois são pais, é o direito dos dois cuidarem da criança. Existem falas que tentam nos calar e que acabam reforçando os estereótipos que os homens africanos são opressores, eles precisam também começar a questionar o seu lugar dentro do sistema opressivo reforçado sobretudo pela colonização, afinal, são as suas mães, irmãs e esposas que também sofrem com esta situação alarmante.

Existe um afastamento dos meninos quando ouvem falar do feminismo ficam logo na defensiva, o feminismo africano sempre abriu as portas para os homens, acreditando que juntos derrubaremos esse sistema opressor, e que muitas vezes os homens não veem que são vítimas quanto nós mulheres, passam todo tempo se afirmando como homem e nem curtem o amor como seres humanos, se fecham para não mostrar os seus sentimentos, porque são ensinados que ter sentimento é coisa de mulher e que mesmo morrendo tem que permanecer “macho”. Ser feminista não é sinônimo de lutar contras os homens, e muito menos roubar o lugar dos homens.

Sou feminista sim, mas se isso te incomoda de alguma forma, o problema não está em mim, mas no seu medo de me ver bem ao lado de ti.  Acredito que juntos mudaremos o mundo, porque essa luta não é só de mulheres, mas de todas as pessoas que acreditam e que reconhecem que existe um grave problema de desigualdade de gênero, e deve ser combatida.

Naentrem Sanca

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/11/20/te-incomodo-por-ser-feminista-africana/feed/ 3 214
Mutilação Genital Feminina (MGF): CULTURA OU CRIME? http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/10/29/mutilacao-genital-feminina-mgf-cultura-ou-crime/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/10/29/mutilacao-genital-feminina-mgf-cultura-ou-crime/#respond Sun, 29 Oct 2017 19:29:35 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=201 [...]]]> No presente ensaio abordarei sobre a problemática questão da mutilação genital feminina (MGF), também conhecida, como circuncisão, excisão ou fanado. É o procedimento em que se remove total ou parcialmente os órgãos genitais femininos externos. Prática comum em grande parte do continente Africano, em alguns países do Oriente Médio, nalgumas partes da Ásia e América Latina e, é habitual na UE em certas comunidades originarias de países onde se prática a MGF. Procedimento, que muitas mulheres são obrigadas a passar em nome da tradição, da religião e da cultura. Porém acredito que, acima de tudo isso está o machismo, uma vez que estas meninas são obrigadas a passaram pelo processo de mutilação genital e, existem casos em que a menina é coagida para puder passar por esse processo, sem falar da pressão psicológica por parte da família. Se a família optar, por não mutilar a menina é tomada com forte repressão por parte da comunidade, pois a MGF para as sociedades que tem essa prática, além dos caracteres da tradição, ela está enraizada nas estruturas sociais, econômicas e políticas daquele países. Nalgumas, sociedades caso a menina não é mutilada ela é restringida de tomar parte em atividades e de realizar algumas tarefas dentro da comunidade, como se, ao fazer o processo de mutilação torna-se a mulher mais apta a fazer ou participar dessas atividades.

As mulheres, geralmente em idades avançadas, que cometem esse ato cruel contra as meninas, além de acreditar nas crenças da tradição e da cultura para a permanência dessa prática, têm medo de perder a única forma de ganhar dinheiro, uma vez que são pagas pelas famílias para fazer o processo de mutilação genital nas meninas. Ou seja, a prática de mutilação genital, também é uma prática com fins lucrativos. Os motivos dessa prática diverge conforme regiões, grupos étnicos ou comunidades. E, são diversos os motivos pelo qual se sustentam a prática da MGF. Segundo Amadiune, as culturas tradicionais africanas, praticam atos tidos como forma de controlar e preservar a mulher, ou seja, umas acreditam que ao fazer esse procedimento marca-se a passagem da menina para a vida adulta e posteriormente o casamento. Outras, tem a ver com a questão da higiene, pois acredita-se que a mulher se torna mais limpa após a prática. Em sociedades patriarcais é visto como a falsa representação do pênis, pondo em causa a virilidade masculina.

Na maioria das sociedades, a MGF é tida como um ato cultural. Mas daí cabe questionar, que cultura é essa que põe em risco a vida da mulher? Sim, é um risco!!! Porque essas mulheres, são obrigadas a passar por esse procedimento invasivo, doloroso e que causa danos por toda a vida. É inadmissível a perduração dessa prática, pois não traz nenhum benefício à saúde da mulher, pelo contrário só prejudica e deixa marcas profundas na vida dessas mulheres.

A organização mundial da saúde (OMS) classifica quatro tipos de MGF, o tipo I: a clitoridectomia, que é a remoção total ou parcial do clitóris ou da pele que o cobre; o tipo II: a excisão, que se baseia na remoção total do clitóris e dos pequenos lábios, com ou sem excisão dos grandes lábios; o tipo III: a infibulação, que é o estreitamento do orifício vaginal através da criação de uma membrana selante, pelo corte e aposição dos pequenos ou grandes lábios e o tipo IV: inclui todas as intervenções prejudiciais aos órgãos genitais femininos por razões não médicas, por exemplo a incisão, a escarefação, a cauterização, etc. Qualquer, que seja o tipo de mutilação pelo qual a menina sofreu terá consequências. Consequências essas que, podem ser de curto prazo, por exemplo: sangramento excessivo, dificuldades em urinar, infeções e, por vezes, a morte, ou de longo prazo: dor crónica, infeções pélvicas crónicas, desenvolvimento de quistos, abcesso e úlceras genitais, infeções no aparelho reprodutivo, diminuição do prazer sexual e as relações sexuais podem tornar-se dolorosas. As consequências para a saúde da mulher perdura ao longo da sua vida. Muitas vezes, o trauma se repeti na hora de dar à luz pois, as complicações obstétricas aumentam as chances de uma cesariana e, ou até hemorragia pós-parto. Ou seja, as consequências da prática causa danos que perdurarão ao longo da vida, danos esses muitas vezes difícil de reparar.

Segundo, a anistia internacional, a Somália é o país com maior índice dessa prática, sendo que 99% das somalis de 15 a 49 anos passaram pelo procedimento. A modelo somali, Waris Dirie tinha 5 anos quando foi mutilada, e hoje, ela luta para acabar com essa prática em todo mundo, visto que, por ano mais de três milhões de meninas passam pelo processo de mutilação genital. No ranking dos países que tem essa prática, Guiné Bissau, tem prevalência de 45%; Djibuti tem prevalência de 90% a 98%, ocupando o segundo lugar no ranking dos países com maior percentagem de mulheres mutiladas.

A MGF é, internacionalmente conhecida como violação grave dos direitos humanos de mulheres e meninas. Pois, põe em causa a integridade física e mental da mutilada; é um ato discriminatório de gênero, uma vez que quem sofre com a prática é o sexo feminino; viola os direitos das crianças, uma vez que a prática é feita na maioria das vezes quando a mulher ainda, se encontra na fase infantil; é um ato cruel de tortura, desumano e degradante que põe em risco a vida da mutilada. É necessário, dar um basta à prática!!!

É preciso urgentemente, rever as crenças que sustentam essa prática. Segundo Waldeck é necessário propor mudanças nos códigos legais de modo a coibir a circuncisão rotineira. Muitos defendem a permanência da prática de MGF, pois em nome da cultura eles se julgam capacitados de cometer tais crimes, sem compreender e entender que, a cultura não deve ser imutável, pelo contrário ela deve acompanhar as mudanças da sociedade e, principalmente ser refeita e repensada. Segundo Degrogi, a simples proibição legal da prática pode levar a um recrudescimento paradoxal e que o simples fato de constar em um código legal não significa que os governos vão efetivamente se empenhar na mudança de comportamentos socialmente arraigados. Ou seja, a simples proibição legal não significa que a prática deixe de existir, o governo pode e deve proibir a prática da MGF, porém é necessário um trabalho mais rigoroso para que a lei seja efetivada.

Enfim, as sociedades que tem a prática da mutilação genital, devem repensar, refazer e recriar outros meios de manter esta tradição. Encontrar meios de re-significar o conceito de MGF sem ter que colocar em risco a vida da mulher.

Dairine de Carvalho

 

Referências bibliográficas:

AMADIUNE, Ifi. Sexualidade, tradições religiões-culturais africanas e modernidade: expandindo a lente.

SQUINCA, Flávia; PALHARES, Dario. Os Desafios Éticos da Mutilação Genital Feminina e da Circuncisão Masculina.

OLIVEIRA, Filipa Andreia Vargos. Mutilação Genital Feminina: Cultura ou Crime? Lisboa, 2012

https://www.terra.com.br/noticias/mundo/naquele-momento-so-queria-morrer-conta-mulher-mutilada,4b55d1e5c8936410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

Pesquisa feita em, 22 de Junho de 2017

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/10/29/mutilacao-genital-feminina-mgf-cultura-ou-crime/feed/ 0 201
Homenagem às Mulheres Santomense: 19 de Setembro http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/09/19/homenagem-as-mulheres-santomense-19-de-setembro/ http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/09/19/homenagem-as-mulheres-santomense-19-de-setembro/#comments Tue, 19 Sep 2017 18:00:40 +0000 http://cma.filosofiapop.com.br/index/?p=194 [...]]]> No dia 19 de Setembro comemora-se o dia das mulheres santomense, pois foi nesse dia do ano de 1974 que as mulheres santomenses vestidas de preto, saíram para a rua numa manifestação contra o sistema colonial opressor, para reivindicar a independência do país, a manifestação teve fim em frente ao palácio do governador português.

Resultado de imagem para marcha de mulheres santomense em 1974

Desde sempre as mulheres estiveram na frente da luta da libertação nacional e empoderamento da mulher santomense. A data serve como reflexão de que as mulheres sempre tiveram e continuarão a fazer parte da história, é também uma data para pensar no papel da mulher na sociedade, nos mais variados papéis que ela desempenha.

Resultado de imagem para alda espirito santos

Atualmente as mulheres santomenses não se limitam apenas no espaço privado também estão no espaço público, pois são: engenheiras, enfermeiras, professoras, deputadas, militares, escritoras, cantoras, enfim elas estão onde querem estar. Ocupando cada vez mais lugares antes considerados inalcançáveis pelo gênero feminino.

No âmbito da comemoração da data que o Coletivo das Mulheres Africanas- CMA, entendendo a importância da emancipação e da solidariedade entre as mulheres, sendo que a luta individual de cada mulher é uma luta coletiva de todas mulheres africanas, por isso homenageamos todas as mulheres residentes em São Tomé e Príncipe e na diáspora e, principalmente as nossas ‘’ manas’’ residentes em São Francisco do Conde-Bahia.

Que esta data sirva de reflexão para todas as mulheres em especial as santomenses, para repensar nos variados problemas que ainda persistem e impedem a total emancipação da mulher santomense.

]]>
http://cma.filosofiapop.com.br/index/index.php/2017/09/19/homenagem-as-mulheres-santomense-19-de-setembro/feed/ 1 194